Desde a expulsão dos holandeses(1654) do nordeste a economia açucareira entra em declínio. Com isso os senhores de engenho passam a representar uma classe em decadência.
Enquanto que os recifenses passaram a representar uma classe em ascensão, os comerciantes, ou como eram chamados pejorativamente, mascates. Esta era uma atividade bastante lucrativa. Além disso, sendo os portugueses esses mascates, eles detinham o monopólio para importar e exportar as mercadorias. Dessa forma eles fixavam os preços dos produtos no porto do Recife.
Entre esses produtos estava o açúcar, que os senhores de engenho que reclamavam dos preços baixos estabelecidos pelos portugueses no porto, enquanto revendiam por valores elevados na Europa.
Com a elevação do Recife a categoria de vila autônoma os ânimos se acirraram e os olindenses se armam e atacam os recifenses em 1710. Sob a liderança de Bernardo Vieira de Melo e Leonardo Bezerra Cavalvanti derruam o pelourinho, símbolo da autonomia política, recém instalado no Recife.
Em 1711 os recifenses revidam e causam muita destruição e prejuízo aos senhores de engenho. Para solucionar o conflito é nomeado um novo governador, Félix Machado, que apesar da promessa de anistia aos revoltosos manda prender os mesmos alegando uma nova conspiração.
A autonomia do Recife é ratificada pela coroa portuguesa, demonstrando seu apoio aos mascates e a perda do prestígio econômico e político da elite olindense, os senhores de engenho.
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